Repensar o mundo para as proximas gerações!!
Estou certo que minha geração e muitas outras estão cansadas de ler as bem intencionadas Declarações universais de direitos humanos, Objetivos do Milênio e tantas outras mais – estes documentos trazem em seu conteúdo um consenso universal de que nossas crianças precisam ter acesso a nutrição, saúde e educação – condição “sine qua non” para sobrevivência e progresso. Entretanto muito pouco se progrediu neste campo.
Esta reflexão se destina àqueles que estão convencidos que o mundo atual não representa uma herança de nossos pais, que pode ser degradada, mas um empréstimo de nossos filhos. Temos que devolver a eles algo melhor que encontramos. Temos que olhar para frente, ficar indignados com a violência, exclusão social, fome, miséria, conflitos, desrespeito a condição humana, guerras inexplicáveis motivadas por inconfessáveis interesses econômicos onde jovens são mortos em defesa de interesses espúrios!!
Este texto contém uma proposta que busca substituir a cambiante lógica de idéias - ideologia - pela invariável lógica da vida – biologia.
Foi com o espírito ideologicamente desarmado, mente aberta e focada em conceitos, alma tentando de forma obstinada enxergar pelos olhos do Criador e coração pulsando forte na busca da essência do ser humano alinhavando pela razão das diversas descobertas acumuladas em mais de dois séculos de conhecimento humano que esta proposta foi concebida.
Retrocedo ao ambiente da revolução americana – “jamais fortalecerás os fracos por enfraqueceres os fortes” e ao clima da revolução francesa com a queda da bastilha, onde a casa dos Bourbons perde seus privilégios, acendendo uma chama indelével na mente humana de promessas de “liberdade, fraternidade e igualdade” direitos humanos ate hoje desrespeitados, porem nascidos do iluminismo, ainda latente, com forte apelo na vontade humana de participação democrática.
Através das fotos dos pensadores, presto uma homenagem àqueles que deram contribuição notável para alinhavar esta proposta. Demais autores conseqüentes porem com visão parcial ou ideologicamente afetada através da semiótica do processo de desenvolvimento não são citados, embora tenham sido avaliados.
Encontrei no texto abaixo de Adam Smith, oportuno comentário que define com fidelidade meu estado de espírito:
“Filósofos da natureza, em sua independência em relação a opinião publica, aproximam-se bastante dos matemáticos e em seus juízos quanto ao mérito de suas próprias descobertas e observações gozam de algum grau da mesma segurança e serenidade”. ... “Matemáticos e filósofos da natureza, graças a sua independência com relação a opinião publica, tem pouca tentação de reunirem-se em facções e seitas, seja para apoiar sua própria reputação , seja para reduzir a de seus rivais. São quase sempre homens de grande simplicidade nas maneiras,vivendo em boa harmonia entre si, amigos da reputação um do outro, que não participam de intriga para garantir o aplauso publico, embora gostem de ver suas obras aprovadas, sem ficarem nem muito vexados, nem muito irados, quando são negligenciados”
ADAM SMITH, (1723-1790) filósofo de formação, é o pai da Economia Política. É com ele que a Economia nasce enquanto ciência. A sua obra principal chama-se “Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações”, foi publicada em 1776 e é considerada a obra fundadora da Economia Política - entretanto o embasamento filosófico ético e moral para seu pensamento foi publicado em 1759 – “Teoria dos sentimentos morais” - um verdadeiro mergulho na essência do ser humano. Aprendi com Smith a importância da mão invisível, aquilo que hoje é chamado de mercado – indivíduos agindo por seu próprio interesse – e sempre o interesse individual é que prevalece – sem a interferência governamental – é um modelo superior de convivência humana. Aprendi também com este notável professor de ética que cada ser humano traz em seu peito um tribunal de júri – cada um de nos sabe discernir entre o certo e errado, desde que em equilíbrio com sua natureza.
• "O estadista que pretender determinar ás pessoas de que maneira elas devem empregar seu capital, não apenas estará se sobrecarregando com um cuidado desnecessário, mas assumirá uma autoridade que jamais poderia ser seguramente confiada a uma simples pessoa, nem também a qualquer conselho ou senado, e que em nenhuma parte será tão perigosa como nas mãos de um homem que tem bastante insensatez e presunção para julgar-se apto a exercê-la."
• "Cada pessoa, como diziam os estóicos, deve ser primeira e principalmente deixada ao seu próprio cuidado; e cada pessoa é certamente, sob todos os pontos de vista, mais apta e capaz de cuidar de si do que qualquer outra pessoa"
KARL MARX – (1818-1883) - O polêmico e fecundo pensador humanista – ícone do socialismo e talvez o mais pouco compreendido dos pensadores – morreu em 1883 e a revolução soviética ocorreu em 1917. Nunca tantos especularam sobre suas intenções – em seu nome foram cometidas aberrações dignas de fanáticos alucinados pelo poder – é preciso dessacralizar sua obra – muitos tiveram a sensibilidade de reconhecer erros no capitalismo porem agiram como sacerdotes marxistas queimando incenso a seu deus.
Aprendi com Marx que a força de trabalho não pode sofrer desgaste – “Operario vende a sua força de trabalho para conservá-la ilesa, salvo o natural desgaste, porém não para destruí-la”.
Trabalhadores precisam de se alimentar e ter acesso aos sistemas de saúde e educação para que esta força de trabalho não se destrua – não faz sentido embutir isto no salário, pois a fome das pessoas não é uma variável de mercado, mas uma necessidade biológica. Trabalho humano é um processo de transformação de energia humana em energia física ou intelectual e para que esta transformação ocorra é preciso que nutrição, saúde e educação estejam asseguradas a priori e não embutidas no salário. Tal qual um veiculo precisa de combustível para trafegar.
Ao final do seculo XIX, diante do crescimento do socialismo, o Vaticano lançou a CARTA ENCÍCLICA «RERUM NOVARUM» DO PAPA LEÃO XIII SOBRE A CONDIÇÃO DOS OPERÁRIOS - a 15 de Maio de 1891, no décimo quarto ano de seu Pontificado, sobretudo para esclarecer a posição da igreja sobre a relação trabalho – capital, o papel do estado, propriedade privada, etc.
“O problema nem é fácil de resolver, nem isento de perigos. É difícil, efectivamente, precisar com exactidão os direitos e os deveres que devem ao mesmo tempo reger a riqueza e o proletariado, o capital e o trabalho. Por outro lado, o problema não é sem perigos, porque não poucas vezes homens turbulentos e astuciosos procuram desvirtuar-lhe o sentido e aproveitam-no para excitar as multidões e fomentar desordens”.
“Em todo o caso, estamos persuadidos, e todos concordam nisto, de que é necessário, com medidas prontas e eficazes, vir em auxílio dos homens das classes inferiores, atendendo a que eles estão, pela maior parte, numa situação de infortúnio e de miséria imerecida”.
Buscando justiça e equidade, concordo integralmente com o Vaticano na condenação do socialismo, e na defesa da propriedade privada - «Não desejarás a mulher do teu próximo, nem a sua casa, nem o seu campo, nem o seu boi, nem a sua serva, nem o seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença»
E preconiza a caridade como solução para a “alteração das relações entre os operários e os patrões, a influência da riqueza nas mãos dum pequeno número ao lado da indigência da multidão”
“Façam os governantes uso da autoridade protectora das leis e das instituições; lembrem-se os ricos e os patrões dos seus deveres; tratem os operários, cuja sorte está em jogo, dos seus interesses pelas vias legítimas; e, visto que só a religião, como dissemos no princípio, é capaz de arrancar o mal pela raiz”. “Portanto, a salvação desejada deve ser principalmente o fruto duma grande efusão de caridade, queremos dizer, daquela caridade que compendia em si todo o Evangelho, e que, sempre pronta a sacrificar-se pelo próximo, é o antídoto mais seguro contra o orgulho e o egoísmo do século”.
Por mais respeito que tenho pelos compromissos históricos e milenares do Vaticano pela conduta humana, não posso acreditar que alguns venham ao mundo para viver de caridade e outros para viver na opulência!!! A esmola destrói duas das mais estimulantes forças motivadoras do ser humano: dignidade e iniciativa. Prefiro acreditar que falta igualar as oportunidades – nutrição, saúde e educação – a partir daí a caridade é opcional.
Como disse o escritor frances Victor Hugo: “Fazemos caridade quando não conseguimos impor a justiça”. Porque não é de caridade que necessitamos. A justiça vai às causas; a caridade, aos efeitos. O também frances Monsenhor Jacques Gaillot - homem, de olhar sereno e voz pausada, que fez de sua vocação religiosa uma opção pelos direitos humanos, especialmente os direitos dos pobres e prisioneiros da injustiça, completa: “Eu não estou dizendo que não se deve ajudar com um prato de sopa ou um abrigo a quem está nas ruas. Existem urgências. Eu faço isso, mas minha consciência não fica tranqüila, porque penso que devemos lutar contra as causas estruturais que prendem essas pessoas na injustiça. O mais triste é que as pessoas vão se acostumando com a injustiça. E eu digo: Despertem! Tenham vergonha! Vamos nos indignar contra a injustiça!”
Responsabilidade social, sustentabilidade, equilíbrio ecológico – são as palavras chave – algo como um pensamento cheio de desejo, porém ninguém aponta como efetivar isto. Alguns focam suas propostas na alteração do DNA humano – ou acreditam no surgimento de uma nova geração que vá colocar os interesses coletivos acima de seus interesses pessoais, algo como as propostas religiosas que estão há pelo menos 4000 anos, desde o profeta Abrahao, origem das religiões monoteístas, tentando catequisar, com pouco sucesso, este curioso bípede humano. Não acredito nisto, interesses pessoais sempre irão prevalecer em relação aos coletivos. Napoleão Bonaparte, em suas reflexões sobre a alma humana, constatou que as pessoas lutam com muito mais vigor por seus interesses do que por seus ideais!! Importante é colocar o egoísmo de cada um a serviço da coletividade. Tal como política e economia não podem se misturar, economia e religião são 2 departamentos distintos, embora muitos insensatos e aproveitadores insistem em criar a religião de prateleira de supermercado, so pegam aquilo que lhes interessam para se locupletar. Não apenas religiões mas também associações que falam em nome de ética e filantropia. A estes estão destinados os lugares mais quentes do inferno. Neste contexto, merece reflexão as recomendações do pensador inglês Gilbert CHESTERTON – “ORAR como se tudo dependesse de Deus. AGIR como se tudo dependesse de nós”. Definitivamente a religião é o placebo do povo – o falso remédio funciona em determinadas situações.
JOHN MAYNARD KEYNES – (1883 – 1946) é um vulto importante da história do pensamento econômico. A sua obra principal chama-se "A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda" (1936). Este livro foi, sem dúvida alguma, o que mais influência teve na vida das sociedades industrializadas após a segunda guerra mundial, influenciado pela crise de 29 numa Europa destruída pela guerra, onde o governo passa a influir decisivamente na economia. Certamente o sucesso do New Deal de Roosevelt na década de 30 estimulou este economista ingles a sustentar a presença do estado na economia.
A obra de Keynes foi a resposta à crise em que mergulhou a Economia Política de então, dominada pelas correntes marginalistas, incapaz de explicar a grande depressão que assolou o mundo ocidental nos anos trinta do século passado.
De acordo com Keynes o Estado pode ter um papel muito importante no evitar das crises econômicas se aumentar as despesas públicas impedindo assim a quebra da procura agregada no momento em que esta se contrai motivada pelas expectativas desfavoráveis dos agentes privados
“É preciso, portanto, dotar o Estado de instrumentos efetivos de política econômica, que lhe permitam regular a taxa de juros de modo a mantê-la abaixo da “eficiência marginal do capital”, incrementar o consumo mediante a expansão dos gastos públicos e expandir a inversão por meio de empréstimos públicos capazes de absorver os recursos ociosos.”
Seria cômico se não fosse trágico imaginar que o controle de fluxos financeiros: moeda, cambio e crédito possa gerar desenvolvimento. Apenas e somente trabalho produtivo consegue gerar capital que, em sua essência, nada mais é que trabalho acumulado. Pretensa estabilidade que se consegue com a interferência do governo na economia deve ser substituída pelo pleno emprego produtivo conseguido através da liberdade total para produzir e consumir. Presença do estado so se justifica por tempo limitado para retomar o equilíbrio. Presença constante do governo significa a substituição da invariável lei da oferta e procura no mercado livre pela questionável ação da vontade humana.
“A médio prazo estamos todos mortos” teria sido a resposta de Keynes sobre as implicações de suas propostas. Ele está morto e não pode constatar o desastre, após quase 7 décadas de funcionamento de suas propostas ao oficializar o governo interferindo na economia.
Joan Violet Robinson (1903-1983) é das principais economistas do século XX. Foi líder da "Cambridge School", partidária das teorias de Marshall de início, finalmente um membro destacado das escolas neo-ricardiana e pós-keynesiana. Contribuições marcantes foram dadas pela saudosa dama da economia européia Joan Robinson, que trabalhou com Keynes e que tive o prazer de conhecer – Ate hoje ecoa em minhas reflexões a avaliação de Robinson ao ser perguntada sobre o poder das multinacionais - ela foi taxativa: é preferível ser escravo da Volkswagen do que não ser escravo de ninguém!!! Aprendi com Robinson que economia de mercado faz o que for rentável e não o que é necessário – nesta constatação de Robinson esta a pista para a síntese entre capitalismo e socialismo.
Ludwig Heinrich Edler von Mises (1881–1973) - do chamado grupo da escola austríaca, formada por Carl Menger, Eugen von Böhm-Bawerk, Henry Hazlitt, Murray Rothbard e o Premio Nobel Friedrich Hayek. Sua obra é um monumento ao liberalismo econômico, mostrando de forma enfática e irrefutável a inutilidade da intervenção governamental na economia que muitas das vezes se consegue um resultado inverso ao que se pretendia de inicio. Aprendi com Mises e Hayek que nada supera o poder da organização espontânea dos mecanismos de preço de mercado. Todos meus textos estão impregnados dos ensinamentos e constatações econômicas da magnífica contribuição da escola austríaca.
"A humanidade precisa, antes de qualquer coisa, se libertar da submissão a slogans absurdos e voltar a confiar na sensatez da razão."
Muito antes de um saudosismo extemporâneo, quero enfatizar minha crença nos valores defendidos por estes pensadores, onde o ser humano independente, ativo e produtivo, faz sua própria historia. Qualquer que seja sua visão de democracia, nunca a sorte dos governados pode depender da virtude dos governantes. Além do sufrágio universal e imprensa livre, a redução dos recursos em poder de uma elite dirigente, devem ser os critérios para qualificar democracia.
Afinal, o que deu errado? Como podemos corrigir isto? Certamente não existe o ser humano capitalista e o socialista.
Imagine uma sociedade com todos seus membros empregados, onde a oferta de empregos sobrepuja a procura, onde os jovens estudantes são procurados antes de sair da escola ou universidade, onde os salários tendem a subir e não há necessidade do governo instituir um mínimo a ser pago. Isto não é um sonho, já existiu na revolução industrial, inicio do século 19. Estou falando de introduzir a substancial critica de Marx – deterioração da força de trabalho – na investigação básica de Adam Smith e reduzir substancialmente a presença do estado na economia, resgatando o clima de pleno emprego produtivo observado no inicio do século 19. Somente com pleno emprego não precisamos da supervisão do estado – mão invisível age de forma inexorável!!
O governo é uma instituição economicamente inviável porque sua receita e despesa são determinadas por atos de vontade humana. A economia é uma ciência cujas técnicas são válidas e aplicáveis quando a vontade dos agentes econômicos é limitada por uma lei natural de oferta e procura. É por este motivo que as técnicas econômicas aplicadas pelo governo são ineficazes e apresentam resultados medíocres. Do ponto de vista institucional, a burocracia de governo, esclerosada em sua essência e esclerosante em suas ações, é um péssimo gestor de recursos, pois cresce á sombra do favoritismo subserviência, incompetência e servilismo, onde a amizade e influência políticas valem mais que o mérito e capacidade. Onde inexiste a saudável competição geradora de estímulos profissionais e avanços tecnológicos produzindo campo fértil para monopólios, oligopólios e cartéis.
Iniciativa privada, operando num mercado competitivo e pleno emprego produtivo é um modelo superior de produção de bens e serviços.
Isto não significa que trabalhadores e empresários do setor privado sejam seres superiores, privilegiados por eleição divina. O modelo da iniciativa privada é superior porque opera numa conjuntura onde a vontade humana é limitada por uma lei natural e inexorável de oferta e procura
A complexidade das modernas sociedades não pode ser administrada por planejadores centrais. O chamado centralismo democrático é um sofisma que só interessa aos governantes autocratas.
O inchaço do poder executivo, ou a enorme quantidade de recursos financeiros em poder do Estado a serem alocados por atos de vontade humana estimula uma corrida desenfreada em políticos inescrupulosos que buscam o poder a qualquer custo, onde “não desdenham, em certos casos, alianças com a trapaça, fraude e corrupção” usando as palavras de VILFREDO PARETO.
O discurso é a democracia, porém os métodos utilizados conduzem, inevitavelmente, a encher os bolsos do Estado.
Este paradoxo transformou o democrático regime “do povo, pelo povo e para o povo” na autocrática regra de um regime “para o povo”, onde a sorte dos governados depende da virtude dos governantes.
O mundo assiste, nos dias atuais, perplexo e impotente, á supremacia e dominação da classe dos burocratas, pois a evolução prática dos sistemas capitalista e socialista converge inevitavelmente para um regime totalitário. Vale dizer, a desigualdade de oportunidades nas regras de convívio humano está gerando o mais terrível processo de dominação e servidão humana que é a ditadura da burocracia.
Fica claro que, com as atuais regras de convívio humano, o governo precisa intervir cada vez mais, porem as reais necessidades da intervenção do governo na economia é a constatação que 3 setores: agricultura, saúde e educação não andam sozinhos – governo precisa bombear recursos para estes 3 setores – bombeamento de baixa eficiência porem necessário. Enganam-se aqueles que preconizam a redução da intervenção do governo na economia com as atuais regras – aumentaria muito a distancia entre pobres e ricos e inviabiliza o convívio humano. Porem através de novo pacto social onde nutrição, saúde e educação passam a ser reponsabilidades do processo produtivo privado e o governo, reduzindo a tributação correspondente, irá reduzir sua interferência na economia. Ao invés de transferir recursos do rico para o pobre, igualam-se as oportunidades de nutrição, saúde e educação. Não falamos de filantropia, mas num novo conceito de trabalho humano como processo de transformação de energia humana em energia física ou intelectual. Trata-se de substituir a cambiante lógica de idéias – ideologia – pela invariável lógica da vida – biologia. Certamente o empresário não ira agir por filantropia, é o pleno emprego produtivo que será o fiador deste Acordo de vontades – a dinâmica da economia ira conduzir ao pleno emprego onde a supervisão governamental não será mais necessária. O poeta e polemista inglês do século 17 John Milton identificou que a razão humana consegue distinguir as boas das más idéias, tal como Adam Smith dizia que todos temos um tribunal de júri em nosso peito – sabemos distinguir o certo do errado. Desta forma consegue-se humanizar o mercado ou responder ao poeta mexicano, Nobel de literatura de 1990, Octavio Paz: “mercado não tem consciência nem misericórdia”. Ou ainda aplacar a ansiedade de Joan Robinson – mercado passa a fazer o necessário e o rentável com liberdade total de produzir e consumir.
Esta proposta precisa ser discutida à exaustão por todos aqueles que detêm responsabilidades e acreditam que temos a obrigação de entregar um mundo melhor para nossos filhos, netos e próximas gerações. A fome não pode esperar e as crianças que nascem hoje tem o direito natural de serem alimentadas, e terem acesso aos sistemas de saúde e educação. Antes que seja tarde demais é preciso humanizar o mercado para merecer o amanhã.
Tenham todos um momento de saudável e profunda reflexão nestes dias destinados a uma introspecção de final de ano. Cordialmente
Ronaldo Campos Carneiro
rcarneiro@salutecafe.com.br – dez/2010
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
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