Tributação e desemprego
Numa economia de mercado
O
Governo, ao tributar bens e serviços, produz aumento de preços e reduz a
penetração desses bens e serviços no mercado, vale dizer, ao final das contas
causa desemprego. Todo tributo é embutido no preço dos bens e serviços, ou
alguém tem alguma dúvida sobre isso? O problema é que esse acréscimo de preço
está fora do âmbito administrativo do empreendedor que, num mercado
competitivo, busca trabalhar com o menor preço possível. Numa economia de
mercado os preços são livres, portanto, acrescidos do tributo. O Governo busca
usar a tributação para penalizar o supérfluo e aliviar o necessário, bem como
para tirar de quem tem para dar a quem não tem, ao tributar os ricos. Numa
economia de mercado é uma ilusão usar a tributação como ferramenta de
redistribuição da riqueza. Isto só funciona no socialismo, onde burocratas
colocam um freio na escalada de preços, ao controlar totalmente a economia e
retirar a vitalidade criativa do processo. Esta é a antessala do inferno e a
explicação para o fato de que o socialismo só funciona num ambiente
autocrático. Numa economia de mercado é inútil usar a tributação como
ferramenta de redistribuição. O resultado é que, além de transferir recursos do
setor privado para o estatal, vale dizer, ao esterilizar recursos, o Governo
acaba produzindo desemprego. Existe uma verdade que deve ser observada – “jamais
fortalecerás os fracos por enfraqueceres os fortes”. Governos do mundo
inteiro procuram compensar esse desequilíbrio com filantropia. Mas a solução
desse dilema está num novo Pacto Social entre trabalhadores, empresários e
governo, onde a empresa assume, para os empregados e dependentes, as condições
de sobrevivência e progresso, remunerando a mão-de-obra a livre preço de
mercado, e o governo elimina a tributação correspondente, pois o trabalho
humano é um processo de transformação de energia humana em energia física ou
intelectual e esta precisa ser assegurada a priori, assim como um veículo
precisa de combustível.
Cordialmente
Ronaldo Campos Carneiro
engenheiro de
produção, foi professor na USP/PUC, negociador de projetos pelo governo
brasileiro junto ao Banco Mundial, BID e agencias bilaterais. Foi proprietário
e executivo de empresa privada de café e máquinas de café. Aposentado do setor
elétrico brasileiro.
http://rcarneiro4.blogspot.com.br
ANE
– Academia Nacional de Economia – acadêmico - cadeira 169
ABROL
– Academia Rotária de Letras do Distrito Federal – acadêmico fundador
Distribuído pela amazon, morebooks e www.editoramultifoco.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário